Kelly Alves '

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Estou começando a me amar de verdade..

Deixando de me contentar com pouca coisa,
deixando de achar que a vida é dura,
mudando minha maneira de se expressar, sempre fico ansiosa, zangada, inquieta ou triste, mas pergunto a mim mesma: "Quem dentro de mim, está se sentindo assim?"
Se eu escutar com paciência, descubro quem é que precisa do meu amor.
 Percebi que não posso ser uma pessoa especial, mas que sou única, 
aprendi a gostar de estar sozinha, rodeada pelo silêncio, usufruindo sua magia, prestando atenção ao meu espaço interior; Isso me faz perceber todos os meus sentimentos sem analisá-los, sentindo-os de verdade.
 Quando faço isso, acontece uma coisa incrível, um profundo amor por mim mesma.
 Parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento; 
Comecei a entende a complexidade, o mistério e a vastidão da minha alma.
Que tolice pensar que posso conhecer o sentido da vida de alguém!
Desisti de projetar nos outros as minhas forças e fraquezas, e guardei-as comigo;
Desisti de ficar exausta por me empenhar tanto. Aprendi o momento certo de dizer "não" e "sim".
O meu lado impulsivo aprendeu a esperar pelo momento certo, então eu me tornei lúcida e corajosa.
Comecei a sentir um grande alívio, passei a aceitar o inaceitável e a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado, inclusive eu mesma.
 Passei a ser a minha própria autoridade, ouvindo apenas a sabedoria do meu coração. É assim que Deus fala comigo.
 Comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável, isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças e hábitos, qualquer coisa que me pusesse pra baixo, minha razão chamou isso de egoísmo, mais hoje eu sei que é amor próprio.
 Passei a acordar muitas vezes no meio da noite ouvindo música dentro de mim, consegui falar a verdade sobre meus talentos e minhas limitações;
Consegui ter consciência nos períodos de confusões, disputas ou desgostos, de que essas coisas também fazem parte de mim e merecem o meu amor.
Deixei o perfeccionismo de lado, não fico mais preocupada em perdoar os outros.
Aprendi a interromper o que estava fazendo mesmo que por um segundo, para acolher e confortar a parte de mim que está assustada.
Passei a saber qual é o meu objetivo e a me afastar suavemente das minhas distrações.
Deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer planos. Hoje faço o que acho certo e no meu próprio ritmo.
Pedi o medo de dizer o que penso porque percebi como é bom fazer isso.
Deixei a parte de mim que ainda sente falta do meu "ex" ficar triste, em vez de tentar fazê-la desistir de amá-lo. Passei a derramar meus sentimentos em minhas agendas, diários, blog's. Esses Parceiros adoráveis falam a minha língua. Não precisam de tradução.
Descobri as lições que a minha raiva me dá sobre responsabilidade, e a minha arrogância sobre humildade. Agora ouço as duas com muita atenção.
Deixei de ter medo do medo.
Perdoei-me por todas as vezes em que me acusei e me critiquei.
Desisti de querer ter sempre razão, e com isso, errarei muito menos.
Desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantém no presente que é onde a vida acontece.
Aprendi a chorar as dores da vida no momento em que elas acontecem, em vez de sobrecarregar meu coração arrastando-as por aí.
Percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepciona, mas quando eu coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.